Cities of Love: Rio, Eu Te Amo
Fotos do filme: Divulgação
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Assim que os créditos finais de Rio, Eu Te Amo surgiram na tela, o
que passou pela minha mente foi: “se era
para filmar essas histórias, que isso acontecesse mesmo na Cidade Maravilhosa!”.
A terceira versão do projeto “Cidades do Amor”, idealizado por Emmanuel Benbihy, é –
como se esperava - um espetáculo visual.
Todos os cineastas mostraram o máximo
que puderam da beleza do Rio. E a vontade que dá, assim que o filme acaba, é
de correr para lá e saborear o burburinho todo que deve estar rolando na cidade por conta
dessa estreia.
Se você está no Rio ou pensa em
dar uma chegadinha lá por esses dias, minha proposta é que visite algumas das locações vistas no cinema.
Sua primeira parada pode ser o Centro. Ali, durante um dia qualquer, a moradora de rua, Dona Fulana/Fernanda Montenegro, tenta tomar um banho na Praça Paris, enquanto que, numa bela noite, Rodrigo Santoro e Bruna Linzmeyer - um casal em crise - apresentam o seu Pas de Deux no palco do Theatro Municipal (a fachada do teatro, à noite, é coisa de cinema! Risos!).
Na
manhã seguinte, pegue uma barca e vá até Paquetá. A “ilha-bairro”, localizada no meio da Baía da Guanabara, serve
de cenário para John Torturro e Vanessa Paradis discutirem (e muito!) a desgastada
relação. No seu retorno ao centro, dê uma esticada até os Arcos da Lapa e, depois, até Santa
Teresa, cenário de “Texas”, a história de um boxeador de um braço só, que testa
os seus limites para fazer a sua esposa voltar a andar (eu achei esta a mais
profunda dentre as 11 histórias de amor).
Seguindo rumo ao Norte do centro, você encontrará a Estação Leopoldina, locação da mais simpática, divertida e emocionante trama de "Rio,...": a de um garotinho de uns 10 anos de idade, que espera uma ligação de Jesus para fazer-lhe um pedido.
Tomando
o rumo do sentido sul da cidade, você passará pelos demais pontos de interesse
turístico que explodem (no bom sentido) na tela: o Cristo
Redentor aparece na trama “Inútil Paisagem”, que foi alvo de críticas pela
Igreja Católica (quando ver o filme, você entenderá o motivo); o Pão de Açúcar, escandalosamente belo no
divertido segmento “Acho que Estou Apaixonado”. Em Copacabana, Fernando Meirelles caprichou no som e botou Vincent
Cassel para trabalhar como escultor nas areias da praia. Perto dali, um casal
acorda de frente para a Lagoa Rodrigo de
Freitas, enquanto um outro (um garçom com ares vampirescos e uma prostituta com
plano de ir à Nova York) faz um piquenique na Favela do Vidigal.
O passeio ficará completo com um banho de sol na distante Praia de Grumari. Só tome cuidado quando
entrar na água para um mergulho. Veja o segmento "La Fortuna", com Emily Mortimer e Basil Hoffman, e entenda o motivo dessa recomendação. Ah, e não fique contando com a sorte: pode ser que ela esteja de folga!
Como todo filme deste porte e abrangência, "Rio, Eu Te Amo", que dá continuidade ao projeto iniciado por Paris e sequenciado em Nova York, já tem fãs que já o adoram e pessoas que o desdenha (pelo menos, partes dele). Vá ao cinema e tire suas conclusões. Um bom passeio pela Cidade Maravilhosa, eu tenho certeza que você vai querer fazer...
Turma do Cinema Sem Pipoca na estreia de "Rio, Eu Te Amo", no cine Caixa Belas Artes. Bruno, Sônia, Marco, Marcelo e Fran Mateus. |
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